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Superfícies geomorficas e variabilidade de latossolos em uma vertentesobre arenito-basalto em Jaboticabal (SP)

Autor: Pedro Cunha

Palavras-chave: superfícies geomórficas

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Resumo

O presente trabalho teve por objetivo relacionar as superfícies geomórficas em uma vertente na região de Jaboticabal (SP) com a mineralogia, química e física de latossolos nelas distribuídos, bem como a variabilidade espacial destes atributos, com a finalidade do estabelecimento de áreas mais homogêneas, específicas para manejo, planejamento e transferência de informações, além de subsidiar informações para gênese de solos. Foram identificadas e caracterizadas três superfícies geomórficas, os solos sob estas foram amostrados em detalhe e seus atributos físicos, químicos e mineralógicos foram analisados, bem como sua variabilidade através da estatística descritiva e geoestatística. Os resultados deste estudo evidenciaram que: (1) a razão dos latossolos sob a superfície III, mais jovem de todas, serem mais oxídicos, enquanto que os latossolos da superfície I, mais velha, são mais cauliníticos, é conseqüência da litoestratigrafia regional arenito-basalto; (2) o ambiente sob a superfície I, mais estável, favoreceu a formação de caulinita e hematita com maior grau de cristalinidade, menor largura à meia altura (LMA) e maior diâmetro médio do cristal (DMC) quando comparados aos mesmos minerais dos solos sob a superfície III, a mais jovem e menos estável; (3) os atributos do solo mais coincidentes com aqueles limites pré-determinados das superfícies geomórficas no campo, foram em ordem decrescente: inclinação do terreno, ferro do ataque sulfúrico (Fes), razões minerais leves/pesados e silte/argila, densidade de partículas e caulinita/(caulinita+gibbsita); (4) os solos sob a superfície III apresentam uma maior variabilidade espacial de seus atributos quando comparados aos solos sob a superfície I, evidenciando que solos muito intemperizados (Latossolos) quando sob superfícies geomórficas mais recentes e erosionais são mineralogicamente menos homogêneos do que solos da mesma ordem situados em superfícies mais velhas e mais antigas (normalmente mais planas); e (5) a dependência espacial diferenciada, representada pelos valores do alcance (a) nos solos sob as três superfícies geomórficas, para a maioria dos atributos de solo estudados, indica esquemas amostrais e planejamento de parcelas experimentais diferentes nas superfícies geomórficas I, II e III.