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Emissão de CO2 do solo em diferentes posições topográficas em área sob cultivo de cana-de-açúcar.

Autor: Liziane de Figueiredo Brito

Palavras-chave: atributos do solo;dióxido de carbono;geoestatística;respiração dosolo;variação espacial;variação temporal

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Resumo

A variação espacial e temporal da emissão de CO2 do solo é influenciada por atributos do solo relacionados à produção e ao transporte do gás soloatmosfera. Entretanto, ainda são escassos estudos visando compreender o efeito da topografia sobre a variabilidade da emissão de CO2 do solo,especialmente em área de conversão para o sistema de colheita da cana-de-açúcar mecanizada sem queima. Este trabalho tem como objetivo estudar as variações da emissão de CO2 do solo, em área cultivada com cana-de-açúcar, com histórico de colheita mecanizada sem queima, sob diferentes formas do relevo e posições na encosta. Foram selecionadas uma área situada numa superfície côncava (CONC) e outras duas em posições contrastantes numa superfície linear (encosta superior – ESUP e encosta inferior – EINF).Foram conduzidas avaliações da emissão de CO2 e de atributos do solo, nas três áreas, em duas situações distintas: (1) em 2004, um mês após plantio da cana-de-açúcar, foram conduzidas avaliações em pontos aleatórios em cada uma das três áreas, num mesmo dia, sendo a emissão de CO2, temperatura e umidade do solo avaliados ao longo de 7 meses e, (2) em 2005, um mês após o corte mecanizado da cana-de-açúcar crua, foi caracterizada a variabilidade espacial da emissão de CO2 e demais atributos do solo,por meio da semivariância, nas mesmas posições topográficas. A emissão total de CO2 no período de 7 meses de estudo em 2004 foi 19,26, 23,03 e 22,29 Mg CO2 ha-1 nas áreas CONC, ESUP e EINF,respectivamente. A variação temporal da emissão foi explicada por uma relação exponencial com temperatura, e uma relação linear com umidade do solo. O valor de 10 Q , calculado para as posições CONC, ESUP e EINF, foi de 1,98 (±0,34), 1,81 (±0,49) e 1,71 (±0,31). O efeito da forma do relevo e da posição topográfica sobre a variação da emissão de CO2 do solo foi dependente da época de amostragem. Densidade do solo, macroporosidade, resistência do solo à penetração,agregação e conteúdo de carbono orgânico oxidável explicaram as variações observadas na emissão de CO2 em 2004, especialmente quando se compara a posição côncava com a encosta superior. Em 2005, correlações lineares simples com os atributos do solo avaliados não permitem explicar mais que 12,2% (R2) da variabilidade espacial da emissão de CO2 do solo. A estrutura de variabilidade espacial da emissão de CO2 é descrita por modelo exponencial na forma côncava e por modelos esféricos nas áreas situadas na forma linear. A forma do relevo determina diferenças no alcance da dependência espacial da emissão de CO2 do solo e da estabilidade de agregados, sendo superior na forma côncava em relação à forma linear. A forma do relevo influencia a variabilidade espacial dos atributos do solo estudados, mantendo-se fixos o manejo e a classe de solo.

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