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CAPACIDADE DE USO DO SOLO EM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RIO TIETÊ - SP

Autor: Renata Cristina Araújo Costa

Palavras-chave: coeficiente de rugosidade; suscetibilidade magnética; dissecação da paisagem; política de uso do solo.

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Resumo

A falta de indicadores ambientais para planejar a expansão das áreas agrícolas pode gerar maiores perdas de solo e prejuízos na produção agrícola. Os modelos de capacidade de uso do solo auxiliam no planejamento das limitações e riscos de degradação, contribuindo para a política de uso do solo. O parâmetro morfométrico - coeficiente de rugosidade (RN) apresenta uma maneira mais prática e econômica para indicar o uso agrícola nas bacias com baixa e suave declividade e densidade de drenagem e o uso florestal para encostas mais íngremes, com alta densidade de drenagem. Porém, o modelo RN, apresenta limitações para bacias hidrográficas heterogêneas e com diferentes padrões geomorfológicos e geologias. A proposta pretende refinar a capacidade de uso do solo (modelo RN) utilizando os níveis de dissecação da paisagem (modelo RN - dissecação), a nova metodologia acrescenta o padrão de forma do terreno. A validação das novas sub-classes de capacidade de uso do solo foi feita utilizando o parâmetro mineralógico do solo, suscetibilidade magnética. O modelo desenhado para regiões tropicais, foi aplicado na Bacia Hidrográfica do Rio Tietê ocupada sobre a porção do Planalto Ocidental Paulista, localizado no Estado de São Paulo, Brasil. A modelagem gerou nove subclasses para capazes de distinguir melhor a capacidade de uso do solo em bacias hidrográficas mediante a heterogeneidade geológica e climática das regiões tropicais, específicos para as escalas regionais e locais. O parâmetro mineralógico, suscetibilidade magnética frequência dependente, validou o modelo RN-dissecação. Porém, o conflito de uso do solo interferiu no valor limite da assinatura magnética, sendo mais intenso na formação geológica Serra Geral. Os ganhos para o planejamento de uma política de uso do solo são aparentes, visto que a construção e a validação de modelos que auxiliem no mapeamento da capacidade de uso do solo são instrumentos fundamentais para implantar práticas de conservação dos solos nas áreas rurais e ajudam na mitigação da degradação do solo, uma preocupação global.