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Métodos geoestatísticos na caracterização espacial de óxidos de ferro em diferentes pedoformas.

Autor: João Fernandes da Silva Junior

Palavras-chave: goethita, hematita, krigagem ordinária, simulação estocástica, acurácia.

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Resumo

Os óxidos de ferro são importantes indicadores pedoambientais e possuem grande influência nos atributos físicos e químicos do solo. Entretanto, para o melhor entendimento de sua formação e ocorrência são necessários estudos de variabilidade espacial. A geoestatística é a melhor ferramenta para este estudo, sendo que a Krigagem Ordinária (KO) é um interpolador de mínimos quadrados, mais utilizado em ciência do solo. Porém, suaviza os detalhes locais da variação espacial, superestimando pequenos valores e subestimando altos valores. Por isso, ela revela-se inadequada na avaliação da verdadeira variabilidade espacial dos óxidos de ferro. Embora a krigagem mostre a melhor estimativa de um atributo Z, ele não representa bem a variação. Deste modo, a alternativa é simulação geoestatística que avalia e quantifica a incerteza de um atributo, de maneira mais realista. A técnica de simulação estocástica mais utilizada é a simulação sequencial gaussiana (SSG), por ser, rápida e direta na construção da função de densidade de probabilidade acumulada condicional (f.d.p.a.c), sendo, portanto preferível à estimação pela KO. Desta forma, é importante testar outros métodos para caracterizar espacial dos óxidos de ferro. Objetivando avaliar o desempenho da (KO), krigagem ordinária dos dados padronizados (KOP) e da simulação seqüencial gaussiana (SSG) da variabilidade espacial dos óxidos de ferro em uma área com pedoformas: côncava e convexa foram coletados 121 amostras de duas malhas nos dois relevos classificados como: côncavo e convexo com espaçamento de 10 metros. O erro médio, o erro quadrático médio e o erro quadrático médio padronizado foram os critérios de avaliação da acurácia da predição. Os valores altos dos coeficientes de variação dos óxidos de ferro afetaram o desempenho dos métodos. Os óxidos de ferro apresentaram variabilidade diferenciada pela SSG nas pedoformas. Os mapas de KOP e a E-tipo apresentaram maior acurácia e maiores detalhes, em relação à KO nas pedoformas. Recomendam-se mapas E-tipo, em vez de mapas de KO. A SSG é preferível à KO para os óxidos de ferro. Além do uso da KOP pode ser outra alternativa de interpolação na avaliação da variabilidade espacial dos óxidos de ferro.