Gases de efeito estufa: o que são e qual sua importância para os seres humanos?

Fonte Angélica Santos Rabelo De Souza Bahia, 2017

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A atmosfera do nosso planeta é constituída de gases importantes para a proteção da vida na Terra, uma vez que permite a absorção da radiação solar, proporcionando o aquecimento da superfície por meio da retenção de calor. A atmosfera terrestre é constituída principalmente de nitrogênio (N2) e oxigênio (O2). Juntos, estes gases compõem cerca de 99% da atmosfera. Entre os gases restantes estão os conhecidos gases de efeito estufa (GEE), como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), ozônio (O3) e o vapor de água.

Os GEE dificultam ou impedem a dispersão da radiação solar para o espaço, impedindo a perda excessiva de calor, mantendo a Terra aquecida. Este fenômeno natural é conhecido e como feito estufa. O efeito estufa garante a preservação da vida, pois sem ele o frio seria tão insuportável que nenhuma criatura resistiria. Grande parte dos GEE é produzida pelos seres humanos em diversas atividades, como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e também na agricultura, pecuária e indústrias. O problema é que essas atividades estão provocando o rápido aumento da concentração destes gases na atmosfera, provocando a elevação da temperatura do planeta (aquecimento global).

O CO2 e o CH4 são os principais GEE produzidos pelas atividades humanas. Desses, o CO2 recebe especial atenção por ser o mais abundante na atmosfera. No Brasil, a agricultura é apontada como uma grande fonte emissora de CO2 para a atmosfera, devido às mudanças do uso e manejo do solo com a conversão das matas nativas para agricultura e pecuária. O país é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, cultura importante pelo seu alto potencial bioenergético. Outra vantagem da cultura é a sua capacidade em fixar de três a quatro vezes mais CO2 que a soja, por exemplo. No entanto, algumas práticas ainda adotadas no manejo da cultura, como o revolvimento do solo para o plantio e a queima dos canaviais para a colheita, promovem a liberação de quantidades significativas deste gás na atmosfera.

Por este motivo, mudanças no manejo das culturas, como a adoção de um sistema mais conservacionista, como o plantio direto, auxiliam na manutenção do gás no solo, contribuindo para a mitigação do CO2 atmosférico e redução da contribuição do setor agrícola para o efeito estufa. Além disso, conhecer bem o solo e suas propriedades pode ajudar a decidir o melhor manejo a ser adotado para reduzir a emissão de GEE. Algumas características próprias de cada tipo de solo podem auxiliar na retenção do CO2 ou liberá-lo para atmosfera de forma mais rápida. Quantidade de poros, umidade, matéria orgânica e tipo de minerais são algumas das propriedades que interferem no transporte deste gás dentro do solo. Portanto, informações detalhadas sobre o solo é um dos fatores limitantes para um manejo ambiental, social e economicamente viável das culturas, visando à mitigação dos GEE.

Fonte : Angélica Santos Rabelo De Souza Bahia, 2017