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Resumo

Enquanto a maioria dos solos em ambientes periglaciais apresentam altos fluxos de CO2 (FCO2), CH4 (FCH4) e N2O (FN2O), poucos deles tendem a drenar gases de efeito estufa da atmosfera. Este estudo teve como objetivo avaliar os fluxos greenhousegas em diferentes locais subantárticos e períodos de tempo (no início do degelo e altura do verão). Para investigar o efeito do tempo do ano nas emissões de gases de efeito estufa, FCO2, FCH4 e FN2O foram mensurados em twosites cobertos por tundra. (Ti e Th) e solo florestal de Nothofagus (Nf) em Monte Martial, no extremo sul da América do Sul, Terra do Fogo, Argentina. O FCO2 aumentou de 96,33 para 225,72μgCO2m − 2s − 1 em todos os locais e períodos, mostrando uma correlação positiva com a temperatura do solo (Ts) (4,1 e 8,2 ° C, respectivamente) (r2N0,7; pb0,05). Os maiores valores de FCO2 foram encontrados em Ti e Th (728,2 e 662,64μgCO2m − 2s − 1, respectivamente), os quais foram relacionados a maiores temperaturas (8,2 e 8,6 ° C, respectivamente) quando comparados aos de Nf. Para ForCH4, a captura (dreno) ocorreu durante os dois períodos em Nf (−26 e − 79μgC – CH4m − 2h − 1), assim como Tiand Th (−21 e 12μgC – CH4m − 2h − 1, respectivamente) .FN2O também apresentou valores baixos durante ambos os períodos e mostrou tendência a drenar N2O da atmosfera, especialmente em Nf (−2μgN – N2Om − 2h − 1). Além disso, o FN2O foi ligeiramente positivo para Ti e Th (0,3 e 0,55μgN – N2Om − 2h − 1, respectivamente). A umidade do solo não mostrou correlação (pN0,05) com os gases de efeito estufa medidos. Um cenário de aumento de temperatura pode resultar em mudanças no balanço entre as emissões e drenos desses gases dos solos, levando a valores de emissões maiores de CH4 e N2O, especialmente para solos cobertos por tundra (Ti e Th), onde os maiores fluxos médios e variações termodinâmicas foram observados ao longo do ano.