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Emissão de CO2 no solo e distribuição de classes de poros no solo a curto prazo após operações de lavoura

Autor: Bruna de Oliveira Silva, Mara Regina Moitinho, Gustavo André de Araújo Santos, Daniel De Bortoli, Teixeira Carolina Fernandes, Newton La Scala Jr.

Palavras-chave: Porosidade do solo, Plantio direto, Respiração do solo, Preparo do solo

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Resumo

untamente com o desenvolvimento agrícola no Brasil, surgiram preocupações sobre seus impactos ambientais, como as emissões de CO2 resultantes das práticas de cultivo e manejo do solo nos sistemas de produção agrícola. O objetivo deste estudo foi investigar a variação temporal em emissões de CO2 e atributos físicos do solo em resposta ao processo de rearranjo de partículas do solo após operações de preparo do solo. O estudo foi conduzido em três áreas adjacentes de 10 × 3 m, submetidas a dois sistemas de preparo do solo: (i) enxada rotativa + grade niveladora convencional, representando um preparo intensivo do solo (TI); (ii) grade de discos + grade de nivelamento, caracterizando uma lavoura reduzida (TA). O solo da terceira área não foi cultivado, representando o sistema de plantio direto (NT). Medições diárias de emissão de CO2 no solo (FCO2), temperatura do solo, umidade do solo, distribuição de classe de poros, densidade do solo, resistência à penetração, espaço poroso livre de água, diâmetro médio ponderado, índice de estabilidade agregado, carbono orgânico total e carbono orgânico particulado foram realizadas durante um período de 29 dias após o preparo do solo. No primeiro dia após o plantio, FCO2 foi 87% maior na parcela sob IT (3,86μmol m -2 s -1) do que a RT (2,06μmol m -2s -1) e 147% maior do que a parcela sob NT (1,56 μmol m − 2s − 1). As variações na resistência à penetração e na soildensidade diminuíram a partir do 12º dia após o preparo do solo. Este efeito foi considerado um processo natural de consolidação do solo e influenciou a variação temporal das emissões de CO2 no solo. A distribuição de classes de poros é um atributo físico essencial para explicar as variações temporais das emissões de CO2 do solo, e essas classes são influenciadas pelo manejo aplicado. Portanto, o estudo desses atributos deve ser levado em conta ao avaliar a variação das emissões de CO2 dos solos agrícolas