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Características da cor e óxidos de ferro da fração argila na Terra Preta Arqueológica da região de Apuí, no sudoeste do Amazonas

Autor: Renato Eleoterio de Aquino, José MarquesJr., Milton César Costa Campos, Ivanildo Amorim de Oliveira, Angélica Santos Rabelo de Souza Bahia, Luis Antônio Coutrim dos Santos

Palavras-chave: Horizonte antropogênico, Solo antropogênico, Espectros de reflectância difusa, Hematite, Goethite

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Resumo

Uma das marcas deixadas pelo homem pré-histórico na paisagem do Amazonas são as manchas de solo de cor escura, a Terra Preta Arqueológica (TPA), que são ricas em matéria orgânica, fósforo e cálcio. A cor neste solo é apresentada como um atributo de interpretação difícil no horizonte, e os estudos para uma melhor identificação são importantes. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi caracterizar a cor e os óxidos de ferro da fração de argila TPA na região de Apuí, no sul do Amazonas. Foram abertas seis trincheiras, onde esses perfis foram caracterizados morfologicamente, e também foram coletadas amostras por horizonte para posterior desempenho de análise de tamanho de grão, floculação, dispersão de argila e produtos químicos (pH em água e cloreto de potássio, cálcio, magnésio, potássio, fósforo, acidez potencial, f, carbono orgânico e matéria orgânica) e análises mineralógicas. Os dados foram submetidos à análise de componentes principais. O comportamento semelhante nos perfis estudados foi encontrado tanto em atributos físicos como químicos. Concluiu-se que a hematita e a goetita, determinadas por difração de raios X e espectroscopia de reflectância difusa, além de não apresentar variações significativas entre os solos estudados, apresentam características semelhantes aos solos brasileiros não antropogênicos. A cor medida pela espectroscopia de reflectância difusa mostrou-se eficiente para indicar variações entre os TPA, provando ser uma técnica inovadora, eficiente e promissora para a quantificação indireta das características do solo de maneira simples e de baixo custo. Os resultados mostram que os óxidos de ferro demonstram ser indicadores sensíveis de condições pedoambientais e processos pedogênicos da Terra Preta Arqueológica