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Variabilidade espacial e temporal nas emissões de CO2 C do solo e relação à temperatura do solo na Ilha King George, na Antártida marítima.

Autor: Newton La Scala; Eduardo de Sá Mendonça; Souza, J. V. ; Alan Rodrigo Panosso; Felipe N. B. Simas; Carlos Ernesto Reynold G. Schaefer.

Palavras-chave: Mudança climática; Cryosols; Gelisóis; Estoque de carbono do solo; Respiração do solo.

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Resumo

Poucos estudos examinaram os efeitos da temperatura sobre as tendências espaciais e temporais nas emissões de CO2-CO2 do solo na Antártida. Neste trabalho, apresentamos medidas in situ das emissões de CO2-C e avaliamos sua relação com a temperatura do solo, usando câmaras dinâmicas. Encontramos uma relação exponencial entre as emissões de CO2 e a temperatura do solo, com o valor de Q10 próximo de 2.1. As taxas médias de emissão foram tão baixas como 0,026 e 0,072 g de CO2-C m-2 h-1 para solo nu e solo coberto com musgo, respectivamente, e tão alto quanto 0,162 g de CO2-C m-2 h-1 para o solo coberto de grama, Deschampsia antarctica Desv. (Poaceae). Uma análise de variabilidade espacial realizada com uma grade de 60 pontos, para uma área com musgos (Sannionia uncianata) e D. antartica, produziu um modelo de semivariograma esférico para emissões de CO2-C com uma amplitude de 1 m. Os resultados sugerem que a temperatura do solo é um fator controlador nas variações temporais nas emissões de CO 2 do solo, embora as variações espaciais parecem estar mais fortemente relacionadas à distribuição dos tipos de vegetação.