Artigos

Rendimento e qualidade da cana usando a suscetibilidade magnética do solo

Autor: Michelle Gimenes Catelan , José Marques Júnior , Diego Silva Siqueira , Romário Pimenta Gomes , Angélica Santos Rabelo de Souza Bahia

Palavras-chave: Saccharum officinarum, variedade, pedometria, agricultura de precisão

Link

Resumo

O conceito de ambientes de produção, que é amplamente utilizado para classificar o rendimento potencial dos solos, e suscetibilidade magnética (MS), está emergindo como uma importante ferramenta para mapeamento de áreas ultra-detalhadas. Diante desse contexto, este artigo tem como objetivo avaliar o uso do MS como ferramenta para a identificação de áreas com diferentes potenciais, o aumento do rendimento e qualidade da cana-de-açúcar, e a alocação de variedades. Uma área de 445 ha foi amostrada a 1 ponto a cada 7 ha, e 14 foram determinados pontos para amostragem estratificada seguindo o topo da paisagem. Tamanho das partículas e MS de amostras em profundidades de 0,0-0,2 e 0,2-0,4 m foram analisadas. Os dados sobre o rendimento e qualidade da matéria-prima foram obtidas a partir de um banco de dados de nove safras e biometria realizada na safra 2018/19. A análise multivariada dos resultados históricos mostrou a formação de três grupos com diferentes rendimentos e potencial de qualidade, com uma diferença de até 17,28 mgs de cana por hectare entre o grupo com maior e menor potencial, com base no solo MS. Uma análise do desempenho das variedades envolvidas mostrou que a ESM é eficaz na identificação de áreas com diferentes potenciais para rendimento e qualidade da cana, diferenciando em até 34,5 % o desempenho da mesma variedade em diferentes classes de MS e em até 38,5 % o desempenho de diferentes variedades em classes similares de MS. Assim, a MS é uma ferramenta eficaz para identificar áreas com diferentes potenciais para rendimento e qualidade da cana, podendo ser utilizada para a alocação de variedades no campo.