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Cor do solo na identificação de áreas com diferentes potenciais produtivos e qualidade de café.

Autor: Danilo Almeida Baldo do Carmo, José Marques Júnior, Diego Silva Siqueira, Angélica Santos Rabelo de Souza Bahia, Henrique Menezes Santos, Gustavo Zanetti Pollo

Palavras-chave: Coffea arabica; cor do solo; geoestatística; pedometria.

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Resumo

O objetivo deste trabalho foi verificar a eficácia da cor do solo na identificação de áreas com diferentes potenciais produtivos e qualidade de café, em Argissolo Vermelho-Amarelo desenvolvido de arenito, no Planalto Ocidental Paulista, no Estado de São Paulo. Coletaram-se 173 amostras em 39 ha, para a determinação de matiz, valor, croma e índice de avermelhamento do solo, com base nos dados da espectroscopia de reflectância difusa (ERD). Avaliaram-se, também, a produtividade e a qualidade do fruto de café, e calculou-se o índice de diagnose foliar (DRIS). A maior correlação espacial observada pelo variograma cruzado ocorreu entre matiz e DRIS, em pontos distantes em até 497 m. A menor correlação espacial foi observada em croma e produção, em pontos distantes em até 207 m. As áreas com o maior potencial de produtividade (20 a 33 sacas por hectare) apresentaram matiz entre 6,99 e 7,06, croma entre 5,00 e 5,08 e valor entre 4,40 e 4,45. As áreas com o menor potencial de produtividade (3 a 7 sacas por hectare) apresentaram matiz entre 7,27 e 7,68, croma entre 5,20 e 5,28 e valor entre 4,51 e 4,67. Nestes locais, o teor de argila foi de 16 g kg-1, os teores de P variaram entre 65 e 75 mg dm-3, e a soma de bases estava entre 56 e 58 mmolc dm-3. O uso da cor determinada por ERD é eficaz para identificar áreas com diferentes potenciais produtivos e qualidade de café, com precisão de 61 a 97%.