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Resumo

Melhores conhecimentos sobre os solos antropogênicos podem auxiliar na construção de cenários futuros para a região amazônica, por meio de informações que subsidiem o planejamento sustentável. O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade espacial de atributos físicos de solos antropogênicos e não antropogênico na região de Manicoré, AM. Na área do estudo foram selecionadas duas, uma com solos não antropogênicos (floresta nativa) e outra com solos antropogênicos (terra preta arqueológica). Em cada área, foi estabelecida uma malha medindo 70 x 70 m e os solos foram amostrados nos pontos de cruzamento da malha, com espaçamentos regulares de 10 em 10 metros, perfazendo um total de 64 pontos amostrais em cada paisagem. Foram coletadas amostras de solos na profundidade de 0,0 a 0,10 m e realizadas as análises físicas (textura, densidade do solo, macroporosidade, microporososidade, porosidade total e estabilidade dos agregados). Em seguida, os dados foram submetidos á estatística descritiva e geoestatística. Verificou-se que os solos antropogênicos e não antropogênicos apresentaram comportamentos diferenciados em relação ás suas estruturas espaciais. A variabilidade espacial que predominou no solo antropogênico e não antropogênico foi moderada e fraca indicando que estes solos estão fortemente ligados a alterações ocorridas por fatores extrinsecos no solo. No solo antropogênico foi observado melhores resultados para a porosidade total, microporosidade e densidade do solo, evidenciando características superiores para fins agronômicos quando comparado ao solo não antropogênico. E os valores de alcance encontrado nas duas áreas foram acima do utilizado na malha, evidenciando maior continuidade espacial nestes ambientes