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Balanço de gases de efeito estufa devido à conversão de áreas de cana-de-açúcar da colheita queima para a safra verde, considerando outras práticas de gestão conservacionista

Autor: Ricardo de Oliveira Bordonal, Eduardo Barretto de Figueiredo, Newton La Scala Jr

Palavras-chave: bioenergia; rotação de colheitas; produção de etanol; aquecimento global; inventário; mitigação; plantio reduzido

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Resumo

Existe uma necessidade crescente de todos os setores produtivos de desenvolver técnicas de mitigação de gases de efeito estufa (GEE) para reduzir o efeito estufa melhorado. No entanto, o desafio para o setor agrícola é reduzir as emissões líquidas e aumentar a produção para atender às crescentes demandas de alimentos, fibras e biocombustíveis. Este estudo centra-se nas mudanças no balanço de GEE quando as áreas de cana-de-açúcar são convertidas de colheita queimada (BH) para colheita verde (GH, colheita mecanizada), incluindo as mudanças causadas pela adoção de práticas conservacionistas, como plantio reduzido e 4 meses rotação de culturas com Crotalaria juncea L. durante a replantação da cana-de-açúcar. Com base nas metodologias do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) (2006), o saldo anual de emissões inclui fontes agrícolas e móveis de GEE, de acordo com o consumo médio anual de suprimentos por hectare. A acumulação potencial de carbono do solo também foi considerada na trama GH. As quantidades totais de GEE foram 2651,9 e 2316,4 kg CO2eq ha-1 yr-1 para BH e GH, respectivamente. Factoring em uma taxa média anual de acumulação de carbono do solo de 888,1 kg CO2 ha-1 ano-1 devido à entrada de resíduos de colheita de longo prazo associados à conversão de BH para GH, o saldo de emissão em GH diminuiu para 1428,3 kg CO2eq ha- 1 ano-1. Uma segunda diminuição ocorre quando uma estratégia de lavoura reduzida é adotada em vez de preparo convencional durante a estação de replantação na parcela de GH, o que ajuda a reduzir o saldo de emissão total para 1180,3 kg CO2eq ha-1 ano-1. Além disso, a conversão de cana-de-açúcar de BH para GH, com a adoção de uma rotação de culturas com Crotalaria juncea L., bem como plantio reduzido durante a replantação da cana-de-açúcar, resultaria em um menor saldo de GHG de 1064,6 kg CO2eq ha-1 ano-1, fornecendo uma estratégia de efeito para mitigação de GEE enquanto ainda fornece produção de açúcar e etanol mais limpa no sul do Brasil.