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Resumo

Uma vez que as áreas da cana aumentaram rapidamente no Brasil, a contribuição da produção de cana-de-açúcar e, especialmente, do sistema de colheita de cana-de-açúcar para as emissões de gases de efeito estufa do país é uma questão de interesse nacional. Aqui, analisamos alguns dados que caracterizam várias atividades de duas usinas de cana-de-açúcar durante o período de colheita de 2006-2007 e quantificamos a pegada de carbono da produção de açúcar. De acordo com nossos cálculos, 241 kg de equivalente de dióxido de carbono foram liberados para a atmosfera por tonelada de açúcar produzido (2406 kg de equivalente de dióxido de carbono por hectare da área cultivada e 26,5 kg de equivalente de dióxido de carbono por tonelada de cana processada ). A maior parte da emissão total (44%) resultou da queima de resíduos; cerca de 20% resultaram do uso de fertilizantes sintéticos e cerca de 18% da combustão de combustíveis fósseis. Os resultados deste estudo sugerem que a redução mais importante das emissões de gases de efeito estufa nas áreas de cana-de-açúcar pode ser alcançada ao mudar para um sistema de colheita verde, isto é, para colher sem queimar.