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Incerteza Temporal e Espacial da Perda de Solo por Erosão de um Argissolo sob Cenários de Manejo da Cana-de-Açúcar

Autor: Patrícia Gabarra Mendonça, Daniel De Bortoli Teixeira, Mara Regina Moitinho, João Fernandes da Silva Junior, Ismênia Ribeiro de Oliveira, Marcílio Vieira Martins Filho, José Marques Junior, Gener Tadeu Pereira

Palavras-chave: cana verde; cana queimada; geoestatística; indicador kriging

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Resumo

A identificação de áreas suscetíveis à erosão é fundamental para a adoção de práticas de conservação do solo. Assim, a melhor maneira de estimar o padrão espacial da erosão do solo deve ser identificada, na qual as incertezas do processo também são levadas em consideração. O objetivo deste estudo foi avaliar a incerteza espacial e temporal da perda de solo em dois cenários de manejo da colheita da cana-de-açúcar: cana-de-verde (GC) e cana queimada (BC). O estudo foi realizado em uma área de 200 ha, em Tabapuã, Estado de São Paulo, Brasil. Uma grade regular de amostragem de 626 pontos foi estabelecida na área, com intervalos equidistantes de 50 me uma densidade final de planta de cerca de 3,3 amostras por ha. A probabilidade de a perda de solo exceder o limite tolerável de 6,67 t ha-1 ano-1 foi estimada para cada cenário de manejo e após as cinco safras. A incerteza temporal foi determinada pela integração das probabilidades anuais estimadas, representando as colheitas. Áreas com riscos de perda de solo acima do limiar foram identificadas com base em mapas de probabilidade, gerados a partir das variáveis ​​dicotômicas individuais e combinadas. As perdas de solo do BC foram maiores, durante todas as cinco colheitas. Com exceção da quinta colheita e todo o ciclo de cultivo sob CG, todas as estimativas de perda de solo foram espacialmente dependentes. A partir da 4ª colheita sob CG, a probabilidade da perda de solo exceder o limiar foi acima de 80% em zero por cento da área, enquanto, para o BC, a probabilidade ultrapassou 80% em 40% da área. O ciclo de produção permitiu a delimitação de áreas prioritárias para a adoção de práticas de conservação em cada manejo. No BC, as áreas com declives mais íngremes eram mais propensas a exceder o limiar com incertezas mais baixas.